A recuperação de dívidas é uma questão crucial no mundo dos negócios e nas relações financeiras pessoais. Segundo Aroldo Fernandes da Luz, quando um credor busca o recebimento de valores não pagos, ele tem à disposição diferentes mecanismos legais para cobrar a dívida. Entre as alternativas mais comuns estão a ação monitória e a ação de cobrança, cada uma com suas características e requisitos específicos.
Neste artigo, vamos explicar as diferenças entre essas duas ações e ajudar você a entender qual delas é a mais indicada para recuperar suas dívidas. Confira abaixo!
O que é a Ação Monitória e como ela funciona?
A ação monitória é um procedimento judicial previsto no Código de Processo Civil, destinado a facilitar a cobrança de dívidas baseadas em documentos que não constituem títulos executivos, mas que possuem força de prova, como contratos, notas promissórias ou até mesmo e-mails. A principal vantagem dessa ação é sua agilidade. Ela permite que o credor busque diretamente a condenação do devedor, sem a necessidade de provar o débito de forma mais complexa, como ocorre em outros tipos de ações.
O processo monitório é considerado uma via mais rápida e simplificada, uma vez que o juiz, ao reconhecer a existência da dívida, emite um mandado de pagamento ou de entrega da coisa de forma direta. Aroldo Fernandes da Luz ressalta que essa ação é especialmente indicada quando o credor possui provas suficientes de que a dívida realmente existe, mas não há um título executivo formal que comprove a obrigação de forma robusta, como acontece com as faturas de crédito ou cheques.
Como a Ação de Cobrança difere da Ação Monitória?
A ação de cobrança é uma das formas mais tradicionais de buscar o cumprimento de uma dívida, geralmente usada quando o credor possui um título executivo, como um contrato formalizado, nota promissória ou cheque. Ao contrário da ação monitória, que é voltada para situações sem títulos executivos, a ação de cobrança exige que o credor tenha provas claras e formais de que a dívida realmente existe. Néste tipo de ação, a obrigação do devedor está mais claramente configurada, tornando o processo, em muitos casos, mais direto.

Contudo, a ação de cobrança pode ser mais demorada em comparação com a ação monitória, já que ela exige a instrução do processo e a análise detalhada das provas. Conforme Aroldo Fernandes da Luz explica, enquanto a ação monitória visa uma solução mais célere, a ação de cobrança, quando feita corretamente, oferece uma segurança jurídica mais robusta, já que se baseia em títulos que são formalmente reconhecidos e aceitos em juízo como prova da dívida.
Quando usar a Ação Monitória e quando usar a Ação de Cobrança?
A escolha entre ação monitória e ação de cobrança depende principalmente da natureza do título que o credor possui. Se a dívida estiver amparada por um título executivo, como um contrato formal ou uma nota promissória, a ação de cobrança é o caminho mais indicado. Como Aroldo Fernandes da Luz enfatiza, nesse caso, o credor pode buscar a execução imediata da dívida sem a necessidade de passar por um processo mais longo de verificação.
Por outro lado, quando o credor não possui um título executivo formal, mas tem documentos que provam a existência da dívida (como contratos, e-mails ou recibos), a ação monitória é a alternativa mais rápida e eficaz. Em situações onde o devedor não reconhece a dívida, mas há provas suficientes para justificá-la, a ação monitória pode ser uma opção vantajosa, já que ela permite o julgamento da questão de forma simplificada, sem a necessidade de um processo mais complexo.
A escolha entre ação monitória e ação de cobrança depende diretamente da natureza da dívida e dos documentos que o credor possui. Enquanto a ação monitória é mais adequada quando o credor tem provas da dívida, mas não um título executivo formal, a ação de cobrança deve ser utilizada quando o credor possui um título executivo claro e preciso. Aroldo Fernandes da Luz sugere que, em ambos os casos, é fundamental consultar um advogado especializado para garantir que o procedimento adotado seja o mais eficiente e adequado à situação.
Autor: Vyre Crale